PRA FRENTE BRASIL!
Vera Maria Viana Borges
Setembro chega de mansinho prenunciando a primavera que nos encanta com o adejo de amor dos passarinhos e a beleza das floradas que matizam os jardins onde lírios, manacás e a flor rasteira atingem o esplendor. O viço das planícies, a serra em flor, os suaves ares reportam-me à Escola Luís Tito de Almeida em Rosal no meu primeiro ano escolar. O sol estava radiante! A lembrança que tenho daquele radioso Dia da Pátria é das mais lindas. Na Escola, Dona Haidée Borges Brasil, Genilda, Nélia Gonçalves dos Santos e Senhor Hildebrando José Teixeira nos esperavam para o desfile. Após, seguimos para a sede da Lira 14 de Julho onde estava instalado o Serviço de Alto-Falante do Senhor Chiquinho (o grande Francisco Nunes) que nos aguardava para a apresentação de um significativo momento cívico com o canto do Hino Nacional Brasileiro, do Hino da Independência e declamação de poesias alusivas à data. Recordo aqueles episódios e emergindo volto a este setembro. Semana da Pátria! Esta Pátria, tão querida e tão sofrida, que salvo algumas exceções, é lembrada somente em declamações nas escolas, desta “brava gente brasileira” repetindo as belezas da terra que “tem palmeiras onde canta o sabiá... Independência ou Morte! Fico confusa... Morte de índios, de mendigos, de menores, de marginalizados, de sem-terra, de desempregados... Independência! Mensalão, escândalos, corrupção, ai meu Deus, que medo de estar trocando de Colonizador! A independência não se dará sem a superação destes e de outros males. Acorda Brasil! Instrui o povo! O drama da evasão escolar no Brasil, sobretudo nos primeiros anos da Escola Primária, e o da repetência, são assustadores, exigindo esforços que a qualquer custo deverão ser enfrentados. Não se pode abrir mão da maior riqueza, o ser humano, como parte decisiva para o desenvolvimento. O analfabetismo é uma das causas que contribui para manter imensas multidões na condição de subdesenvolvimento. O papa João XXIII já dizia que “a fome de instrução não é menos deprimente que a fome de alimentos: um analfabeto é um espírito subalimentado.”
Já não existem fronteiras para o conhecimento, vivemos num mundo globalizado. A linguagem é indispensável à vida. As invenções, da arte culinária, das armas, da escrita, da imprensa, dos métodos de construção, dos meios de transporte, das descobertas das Ciências e das Artes, nos foram legadas através de nossos antepassados por meio da linguagem falada ou escrita. É sem dúvida a LINGUAGEM que movimenta o mundo... É ela que distingue o ser humano dos animais. “A linguagem é o arquivo da História.”(Ralph Waldo Emerson (1803-1882), crítico e poeta norte-americano). Os seres humanos a adquirem através da interação social na primeira infância. As crianças geralmente já falam fluentemente aos três anos de idade . Seu uso tornou-se profundamente enraizado na cultura humana, além de ser empregada para comunicar e compartilhar informações. A linguagem também possui vários usos sociais e culturais e é muito usada para o entretenimento.
Ao homem bárbaro, bastavam-lhe meios rudimentares para a comunicação; quando a necessidade se fazia sentir, valiam-se de sinais como o fogo, a fumaça e o som. Os desenhos tiveram importância, prova disso são as gravações no interior das grutas pré-históricas, nas tábulas de madeira e de argila encontradas em escavações arqueológicas. A evolução da linguagem foi extremamente lenta! Através de milênios, foi-se dando característica própria a cada povo. Surgiram as várias LÍNGUAS...
Um dos maiores inventos de todos os tempos, foi o da IMPRENSA em 1450. Gutenberg abria com ela os portos da COMUNICAÇÃO, que tornou-se certa e permanente, propiciando ao homem chegar a outros inventos, tornando possível a Revolução Industrial. Com tantas conquistas, as comunicações são causa e efeito do progresso, e assim sendo, a história dos meios de comunicação se confunde com a história da humanidade.
A imprensa foi introduzida no Brasil com a corte de D. João VI; o material gráfico pertencia à Secretaria dos Estrangeiros e da Guerra, tendo sido colocado no porão do navio “Medusa”, pelo conde da Barca, e posteriormente instalado em sua casa. Depois de um ato real, a casa passou a funcionar como Imprensa Régia e aos 10 de setembro de 1808, sai o primeiro jornal editado no Brasil, a “Gazeta do Rio de Janeiro”.
Hoje há um bombardeio de mensagens e um turbilhão de notícias. No mundo, todos sabem de tudo. Tem livro, revista, jornal, rádio, televisão, telégrafo, telefone, DDD, DDI, CELULAR, Embratel, Intelsat e a Internet que transpõe barreiras, desconhece distâncias geográficas, elimina fronteiras... Apesar de usar toda esta tecnologia que a modernidade nos oferece colocando à disposição os livros e jornais eletrônicos, o que nos dá muito mais prazer é ler no papel, impresso, para poder manusear, folhear, sublinhar os pontos mais importantes para fazer releituras do principal e ler e reler... Ler é crescer, ler é cultura, cultive esta ideia! Já dizia Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.
Salvaguardemos estas conquistas com a experiência de séculos e milênios. Somos responsáveis pela história e por nosso destino. Preservemo-nos do sensacionalismo, das notícias escandalosas, pois só a VERDADE liberta. Assim, serão descobertos novos valores, novas perspectivas, alcançando-se horizonte auspicioso, com o amor tão necessário ao equilíbrio do homem e à paz social.
Só mesmo o Deus Pai, com Seu INFINITO AMOR, poderá nos conduzir através do sopro do Seu Divino Espírito e de Sua Palavra ao Verdadeiro Caminho. Creio que com SAÚDE e EDUCAÇÃO de qualidade faremos desta Pátria, uma Pátria digna, culta e livre dos grilhões que a forjavam. PRA FRENTE BRASIL!!!
Parabéns pelo blog. Adorei!
ResponderExcluirObrigada por sua atenção e carinho, querida amiga Aparecida! Saúde e muita paz!
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